quinta-feira, 23 de julho de 2009

RESENHA DO FILME
“LOUCOS DE AMOR”

O filme “Loucos de amor” retrata a história de Donald e Isabelle, ambos portadores da Síndrome de Asperger, uma espécie de autismo que provoca disfunções emocionais; diferenciando-se do autismo clássico por não apresentar atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem dos indivíduos portadores.
O filme é baseado em fatos reais, destacando a interpretação muito literal da linguagem, com personagens que são incapazes de interpretar ironias, gírias, metáforas e mentiras, sendo que os mesmos utilizam-se com frequência de expressões bastante rebuscadas e frases proferidas por outras pessoas; há também muita repetição de palavras, as quais são na quase totalidade das vezes faladas sem entonação ecom tom de voz pouco emotivo. O assunto escolhido pelos personagens, de seu interesse, é alvo da atenção dos mesmos por longo período e não raro são vislumbrados comportamentos e expressões repetitivas.
Nesse sentido o filme apresenta uma das caracterísiticas da Síndrome de Asperger, que consiste na grande dificuldade de adaptação a novos costumes e ideias, prevalecendo a falta de empatia e dificuldade de interação social, a assunção de um comportamento estereotipado, que denota acentuada dificuldade com mudanças.
Outra dificuldade revelada pelos personagens consiste em certa dificuldade no uso do olhar, das expressões faciais, gestos e movimentos corporais, demonstram ter dificuldades em ler as mensagens sociais e emocionais dos olhares e aquelas que envolvem a comunicação nãoverbal. Bem como, têm atraso no que se refere ao desenvolvimento motor e dificuldades de coordenação motora, apresentando-se inúmeras vezes movimentos desajeitados e descoordenados.
Tanto Donald como Isabelle possuem sensibilidade exacerbada a determinados ruídos, são fascinados por coleções; no caso, animais de estimação; ele demonstra fascínio por cálculos e ambos falam tudo o que pensam, podendo ser considerados rudes e ofensivos, propensos a um comportamento egocêntrico e inadequado a determinadas situações sociais. Revelam, ainda, um grau de honestidade bastante acentuado, sendo incapazes de mentir ou enganar, mesmo sob pena de magoar a outrem, embora de maneira não intencional.
O filme evidencia também a transitoriedade de Donald em seus empregos, passando por vários e não conseguindo permanecer por muito tempo nos mesmos, posto que seu comportamento denota uma desatenção incompatível com os trabalhos que pretende seguir, como o de motorista de táxi. Contudo, Donald demonstra ao longo do filme uma grande habilidade no trabalho com cálculos e matemática, usando-os inclusive como uma forma de relaxamento; o que comprova que os portadores da Síndrome de Asperger não possuem retardo nas suas habilidades cognitivas.
Donald, motivado pelo sentimento de solidão, formou e dirige um grupo de terapia para autistas, com reuniões periódicas, nas quais os portadores de síndromes e disfunções interagem e se descontraem. Até o momento em que Isabelle entra para o grupo, a vida de Donald era bastante simples e pacata; passando a partir daí a conflitar, uma vez que se evidencia um jogo de sedução entre ambos, os quais possuem dificuldades em se relacionar e expressar suas emoções. Izzi é direta e agressiva e foi uma adolescente complicada, que relata adorar viajar, para o que ela fugia de casa e pegava caronas, sendo que em uma dessa ocasiões foi estuprada por um caminhoneiro; o que a levou a associar a figura masculina à malícia, afirmando que os homens só se interessavam em tirar proveito das situações.
Izzi e Donald apaixonados vão morar juntos e ela acaba quebrando a rotina que estava instituída na vida do companheiro. A primeira briga do casal ocorre porque ela faz uma faxina e organiza o apartamento o que causa revolta em Donald, o qual não se importa com a opinião alheia, fazendo tudo a sua maneira, da forma como acha mais confortável. Esta característica é bastante visível nos portadores da Síndrome de Asperger, as quais são menos afetadas pela pressão dos outros e dispensam apenas os cuidados que acham necessários para com o lugar onde vivem e para consigo próprios, em especial com a própria aparência.
No decorrer do filme, Isabelle vai contribuindo para a mudança na forma de Donald encarar o mundo. Eles se mudam para uma casa com jardim, onde os animais têm mais espaço; ela consegue um emprego para ele em uma universidade e os dois vão tentando levar uma vida normal; o que conseguem até que o chefe de Donald é convidado para jantar na casa do casal e Donald pede para Izzi comportar-se como uma pessoa normal. Isso a irrita e ela busca se vingar tornando a noite uma tortura para o companheiro. Com o episódio o casal se separa.
Ambos sofrem separados. Donald vai ao encontro de Izzi e os dois conversam sobre casamento, ela pede para não ser pressionada e para os dois serem apenas amigos. Donald fica mais confuso e a pede em casamento; fazendo com que ela, por não saber lidar com suas emoções, fugisse e tentasse se matar. Ele decide, então, não procurá-la mais, por temer que novamente ela tente o suicídio, sendo muito importante nesse período o apoio recebido do grupo de terapia.
Após algum tempo, Izzi passa em frente ao trabalho de Donald, que a segue até uma antiga casa, onde eles conversam e a ex-mulher pede para que fiquem juntos. Na sequência os dois se acertam e formam uma família, levando uma vida normal juntamente com seus amigos.
O enredo do filme revela as dificuldades da vida das pessoas portadoras da Síndrome de Asperger na atual sociedade; posto que, de maneira bem interessante e atrativa, consegue transmitir com objetividade como é a vivência diária de pessoas que no seu cotidiano enfrentam dificuldades de comunicação e de relacionamento, características da referida síndrome. Assim como, apresenta o desafio de que se pense uma sociedade verdadeiramente inclusiva, onde os sujeitos sejam respeitados em suas capacidades e nas suas limitações, destacando que incluir é exatamente mostrar ao outro que por mais que ele seja diferente dos padrões estabelecidos como normais, ele é importante e dentro de suas capacidades e limitações pode contribuir para que todos possam ser humanos melhores e que todos os demais indivíduos que têm a possibilidade de crescer nesta interação.
O filme também elucida a possibilidade real de tais pessoas terem uma vida normal, participando da sociedade de forma ativa, haja visto que se trata de uma história real que foi transportada para o mundo da ficcção, mas que consegue atingir o propósito de fazer com que todas as pessoas pensem sobre a Síndrome de Asperger.
Ratifica-se, a partir do conteúdo do filme, o posicionamento de que uma sociedade inclusiva deve ser pautada nas possibilidades, naquilo que cada sujeito pode vir a ser e a se desenvolver. Assim, diante do que é apresentado no filme “Loucos de amor” e da realidade vigente resta acrescentar a necessidade da tomada de consciência das práticas excludentes reproduzidas diariamente no contexto cotidiano, as quais estão naturalizadas e precisam ser urgentemente explicitadas, encaradas e transformadas. Embora saiba-se que esta tarefa requer uma mudança paradigmática, devendo ser verdadeiramente para todos, pautando-se em ação, não em discursos pseudo-inclusivos, quando na prática cotidiana se reproduzem atos que dão vez e voz a apenas alguns, enquanto calam a outros; ou ainda, que omitem determinadas diferenças em nome de uma falsa igualdade.

Resenha do filme
“MEU NOME É RÁDIO”

Tratar da questão da inclusão na esfera escolar a partir da análise do filme “Meu nome é Rádio” exige que sejam revistos os conceitos e paradigmas que norteavam nossa concepção e prática cotidiana, quer se tratando da nossa vida pessoal quer se referindo a nossa vida profissional como educadores que somos.
O filme retrata a história real de um menino deficiente que ao ter creditada para si a confiança de um dos professores da escola fez com que sua vida se alterasse significativamente. O professor fez com que o menino gradativamente se unisse ao grupo de alunos da escola, desempenhando tarefas que estavam ao seu alcance, isto é, dentro das suas limitações; o que fez com que o garoto que era chamado de Rádio por todos na cidade, se sentisse confiante e aos poucos se inserisse ainda mais no contexto escolar.
O professor vai promovendo condições e situações para que Rádio se sinta parte integrante da instituição, nesse ínterim vão surgindo e tomando corpo resistências à permanência do garoto nas dependências da escola. Isso traduz a dificuldade que as pessoas consideradas normais apresentam em relação à aceitação do novo, do diferente, de tudo aquilo que exige novas posturas, desacomodação, criação de novas estruturas e de novas relações.
É possível perceber o crescimento do menino que se vendo acreditado, na interação com outros sujeitos adquiriu condições de desenvolver-se dentro das possibilidades que possuía e que até então se encontravam adormecidas, não eram estimuladas; comprovando que incluir consiste em mostrar ao outro que por mais que ele seja diferente dos padrões estabelecidos como normais, ele é importante e dentro de suas capacidades e limitações pode contribuir para que todos possam se tornar seres humanos melhores. Assim, a educação inclusiva não traz benefícios apenas ao sujeito portador de necessidades educativas especiais ou com deficiências, mas também para todos os demais indivíduos que têm a possibilidade de crescer nesta interação.
Esta é uma história real que foi transportada para o mundo da ficcção que consegue atingir o propósito de nos fazer pensar e ver que a prática de uma educação inclusiva é possível desde que se respeitem as capacidades e limitações de cada indivíduos e que não se tente massificar a sujeitos cognoscentes, exigindo que todos tenham o mesmo ritmo de aprendizagem.
A educação inclusiva deve ser pautada nas possibilidades, naquilo que cada sujeito pode vir a ser e a se desenvolver. Trata-se, pois, de realizar o ato pedagógico a partir do que podemos construir com os estudantes e não baseados nas suas deficiências e nas suas dificuldades. Esse é um dos aspectos básicos para a inclusão porque durante muito tempo todos aqueles que não apresentassem um bom rendimento, dentro das expectativas consideradas normais, eram segregados e desde já desqualificado na esfera escolar, sendo reprovado consecutivas vezes ou “empurrado” para as séries posteriores como um ato de benevolência do professor.
A prática de uma pedagogia verdadeira inclusiva requer que se reconheça e se respeite não apenas as pessoas com deficiência ou portadoras de necessidades educativas especiais, mas também aqueles grupos que se encontram em minoria em nossa sociedade, tais como os negros, os menos favorecidos economicamente, as mulheres, os homossexuais, entre outras que são segregados devido a questões de credo religioso, gênero, etnia, sexualidade, geracional, de classe social.

segunda-feira, 20 de julho de 2009



Celebração de Páscoa

Apresentação 2º ano

Profe Luciany



Dia da Poesia

Apresentação da turma do 2º ano 2009

Profe Luciany


Que aplicadinhas...
Primeiro dia do nosso curso.

Mais um flash da nossa apresentação...

Apresentação em Homenagem às Mães 2009
Alunos do 2º ano, Pré e Jardim

Apresentação em Homenagem às Mães 2009
Alunos do 2º ano

Essa Escola realmente merece um brinde!!!!!

terça-feira, 7 de julho de 2009



Além de professora: MÃE!!!!
Eu amo estas ferinhas!

Atividade de Pesquisa 4


Após visitar alguns blogs sugeridos em material distribuído no Curso PROINFO Integrado, constatei que alguns blogs possuem maior qualidade técnica que outros. Os blogs de que mais gostei têm uma apresentação interessante, sua estética é condizente com o conteúdo e são práticos e de fácil navegação.

Percebe-se claramente que o blog é realmente uma construção pessoal e que este deve ser constantemente atualizado.Encantei-me com as possibilidades de ampliação de conhecimentos e de entretenimento oferecidos pelos blogs. São inúmeras alternativas que devem ser utilizadas para diferentes finalidades educativas, sendo de grande valia para o professor, que tem condições de se manter atualizado, de aproximar-se mais de seus alunos, promover atividades fora do horário de aula, permitir o acompanhamento do trabalho pedagógico que vem sendo desenvolvido e tornar a linguagem digital mais presente no cotidiano educativo escolar.

Além disso, faculta a reflexão do conteúdo que está sendo trabalhado e permite divulgá-lo, não ficando restrito apenas a um pequeno grupo, mas ampliando-o no sentido de contribuir com outros sujeitos e também receber contribuições que venham a enriquecê-lo.

Que bom estar aqui!!!


É muito bom poder fazer aquilo que a gente gosta...
É muito bom estar com quem a gente gosta...
É muito bom ter algo para celebrar:
E hoje eu celebro estar aqui
e ter você como meu companheiro...
Você também deve ser um apaixonado pela educação.